RIGATTO, Mario

Natural de Porto Alegre (RS), 12 de janeiro de 1930 – 17 de janeiro de 2000, Porto Alegre (RS). Filho de Arthur Rigatto e Anna Luiza Pillmann Rigatto. Fez seu curso primário no Grupo Escolar General Daltro Filho, o ginásio no Instituto de Educação e o científico no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, em Porto Alegre (RS). Diplomou-se em Medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1953. Frequentou a Enfermaria 29 da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, sob a supervisão do professor Rubens Maciel. Estagiou na Universidade de Cornell (nos Hospitais Bellevue e New York) na área de Medicina Interna (1958) e, nos dois anos seguintes, na Universidade Columbia (Hospital Presbyterian). Em 1966, foi Professor-Visitante na Universidade de Londres (Hospital Hammersmith) e, a seguir, na Universidade de Estocolmo (Hospital Karolinska). Em 1991, foi Professor-Visitante nas seguintes universidades: Pennsylvania (Hospital Pennsylvania) na Philadelphia; McMaster (Hospital McMaster) em Hamilton, Canadá e, novamente, Londres (Hospital Hammersmith). Inicialmente praticou clínica de adultos e crianças para depois concentrar-se na clínica de adultos na área de cardiopneumologia. A maior parte de sua atividade clínica desenrolou-se nos hospitais universitários (Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, por 35 anos, e Hospital das Clínicas da UFRGS, por 15 anos). Foi Instrutor Voluntário (1957), Instrutor (1961), Professor Assistente (1961), Adjunto (1966), Titular (1987). Em 1961, prestou Concurso de Docência Livre em Clínica Propedêutica Médica e preparou tese para disputa de uma de duas vagas que ocorreriam nas cadeiras de Clínica Médica do Prof. Thomaz Larangeira Mariante e do Prof. Antonio Saint-Pastous. Também atuou como médico legista no IML de Porto Alegre. Foi coordenador de pós-graduação, chefe de departamento e Vice-Reitor da UFRGS. Coordenou a instalação do primeiro curso de mestrado na área médica no sul do Brasil: o Curso de Mestrado em Pneumologia, em 1872. Publicou mais de 380 trabalhos, participou de 280 simpósios e proferiu 1.100 conferências. Foi fundador e presidente do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), assessor técnico do CNPq, da CAPES e do Ministério da Saúde. Participou de diretorias da Sociedade de Medicina de Porto Alegre e depois do Departamento de Medicina Interna da AMRIGS. Foi presidente da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul, fundou e presidiu a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Foi fundador e presidente do Departamento de Fisiologia Cardiovascular e Respiratória da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Foi conselheiro do CREMERS. Ocupou a cadeira 54 da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina, de que é patrono o professor Olinto de Oliveira. Fez parte do American College of Physicians (USA) e da Medical Research Society. Na Associação Médica Brasileira, participou da Comissão de Educação Médica e da Comissão de Luta Antitabágica. Em 1991 foi eleito para a cadeira 15 da Academia Nacional de Medicina. A partir de 1966 participou de campanhas através de todos os meios de divulgação em favor do exercício e mostrando os malefícios do fumo. Sob a égide da AMRIGS, em 1966, organizou a Primeira Campanha contra o Tabagismo no Brasil. Continuou sendo um dos líderes dessa luta no Estado, no país e na América do Sul. Outro tema de Saúde Pública que mereceu sua especial atenção foi a velhice, sobretudo a partir de 1980. Recebeu vários prêmios por suas pesquisas, entre eles o Nacional de Cardiologia (1968), o Nacional de Ciências Médicas (1969) e, por duas vezes, o da Academia Nacional de Medicina (1966 e 1971). Foi agraciado com a Ordem do Mérito Médico – Classe Oficial, pelo Ministério da Saúde, em 1988. Obteve um Special Citation Award da American Cancer Society. Foi biografado em Who’s Who in the World, Chicago, Marquis, edições de 1971, 1975 e 1999. No Brasil, fora do Rio Grande do Sul, um instituto clínico de Pneumologia e duas unidades de tratamento respiratório intensivo, em hospitais universitários, chamam-se Mário Rigatto. Uma das travessias do Riacho Ipiranga em Porto Alegre recebeu seu nome, um ano após sua morte, e o fato ficou marcado com um monumento que consagra o pesquisador e sua luta contra o fumo. Como desportista, foi remador. O livro Fogos de Bengala nos Céus de Porto Alegre – A Faculdade de Medicina Faz 100 Anos teve sua coordenação e contou com a sua colaboração histórica e literária. Sempre procurou participar da série Médicos (Pr)escrevem e o fez em quatro oportunidades: Dos cuidados com o poder, no primeiro (SoLivros, 1995); A Catarina morreu, no terceiro (Editora Sulina, 1997); 29: Mais que uma enfermaria, no quarto (AGE Editora, 1998). No quinto volume da série, participou com dois textos: Vou atrás do meu doutor e O exercício e a tartaruga (AGE Editora, 1999).

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