Natural de Santana do Livramento (RS), 14 de jul. de 1916 - 28 de jun. de 1989, em Porto Alegre (RS). Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina de Porto Alegre (RS), em 1938. Foi clínico e gastroenterologista, tendo sido um dos fundadores da Sociedade de Gastrenterologia do RS, em 1952, da qual foi membro ativo até sua transferência para o RJ, em 1960. Participou em congressos nacionais e internacionais, apresentando trabalhos em sua especialidade. Médico concursado do ex-IAPI, exerceu por vários anos a chefia da Perícia Médica. Como médico, sua trajetória artística concomitante, foi poeta, escritor e artista plástico. No início dos anos 50, publicou “Entre Imagens e Canções” e “Adágio”. Da sua participação no Grupo Quixote resultaram “Canto à Beira do Tempo”; “Poesia Quixote (1956)”; “A Palavra e o Dançarino”, deixando inéditos os poemas de “Madrugadas Primitivas”. Nessa fase, engajou-se em projetos da área cultural, como no Primeiro Festival Brasileiro de Poesia, realizado em Porto Alegre (RS), seguido do evento Praça Pública para Poesia, sob o slogan “O povo tem direito à poesia”. Na década de 60, transferiu-se para o RJ, para fazer o curso do ISEB (Instituto Superior de Estudos Brasileiros), onde defendeu a tese intitulada “Autenticidade e Nacionalismo”, enquanto seguia suas atividades médicas no IAPI. Nesse período, passou a escrever anticontos, na revista “O Cruzeiro”. Tomou parte em mais de dez salões de Arte Moderna de âmbito nacional e em duas Bienais de São Paulo. Participou ainda de Opinião 65 e 66, no Museu de Arte Moderna (MAM) do RJ. No início dos anos 80, retornou a Porto Alegre, já aposentado na Medicina, e se reencontrou com antigos (e novos) companheiros do Grupo Quixote. Foi em meio à organização do Livro dos Haicais e da criação do Tarô Poético que faleceu. Desde 1990, todo seu arquivo pessoal foi disponibilizado para pesquisa desenvolvida no Curso de Pós-Graduação em Letras da PUCRS, criando-se o Acervo Literário Pedro Geraldo Escosteguy – ALPGE. Foi homenageado no II e III Poetar, promoção da Secretaria Municipal de Cultura, em Porto Alegre, nos anos de 1991 e 1993. Sua obra poética encontra-se em Poesia Reunida (1996), edição póstuma, organizada por Marta Goya, que recebeu Menção Honrosa no Prêmio Açorianos de 1997. Casou-se em 1940, com Marilia Utinguassu, filha do médico Octávio S. Utinguassu, com quem tive duas filhas: Norma, também médica e Solange, artista plástica.
FRANCO, Álvaro; RAMOS, Sinhorinha Maria. Panteão Médico Riograndense: síntese cultural e histórica. São Paulo: Ramos e Franco Editores, 1943, p.505.
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